segunda-feira, 27 de março de 2017

Morte do ilustre sãobentense, general Zenildo Lucena, foi destaque, em quase todos os meios de comunicações do Brasil.

A notícia da morte do ilustre sãobentense, general Zenildo Lucena, neste domingo, no Rio, aos 87 anos, foi destaque em quase todos os meios de comunicações do Brasil. A prefeita de São Bento do Una, decretou luto oficial de três dias pela morte do general Zenildo.
E não poderia ser diferente, visto que, Zenildo   era considerado a 'cabeça de ouro de exército', chegando a sumir o mais alto posto do Exército Brasileiro. Durante sua brilhante carreira Militar, acumulou várias condecorações civis e militares, nacionais e estrangeiras.
Em um dos momentos, considerados, mais importantes da história política do Brasil, - em meio à crise que culminou com o impeachment de Fernando Collor, em outubro de 1992 - o general teria atuado para evitar uma intervenção dos militares. Isso mesmo, evitar o Golpe Militar, temida Ditadura.
Em junho de 1993, rebateu as declarações do deputado federal, e capitão da reserva, Jair Bolsonaro favoráveis ao fechamento do Congresso e à volta do regime da ditadura, garantindo o apoio do Exército ao governo.
Com braço forte e maestria, Zenildo, garantiu a transição entre a posse de Itamar Franco e as eleições de 1994.
Zenildo, fez um trabalho brilhante, tanto que além de permanecer no cargo durante o primeiro mandato de Fernando Henrique, foi também membro do Conselho de Administração da Petrobrás, em 1999.
 Desde jovem - o filho legítimo de José Higino Homem de Lucena e de Maria Augusta Siqueira de Lucena - já mostrava a que veio e, - sendo sempre o primeiro de sua turma - ganhou várias medalhas em honra e reconhecimento por suas excepcionais atuações.
Além de ter sido um soldado exemplar, Zenildo, - como um bom sãobentense que era - com humildade e espiritualidade, foi ganhando espaço e, por onde passava, conquistava, não somente os cargos de confiança, mas também, a consideração e a estima dos todos os que tinham o prazer de conhecê-lo.
Muitos sãobentenses desconheciam a história e, - vamos dizer assim - a existência de um conterrâneo tão ilustre, como foi o general Zenildo. Infelizmente no Brasil, e em grande parte do mundo, o herói só é reconhecido depois que morre.
Mas foi graças a força e o prestígio do general  Zenildo que a 10ª Companhia de Engenharia de Combate (quartel de São Bento) veio para São Bento do Una.
 Acredito, porém, que o maior legado deixado pelo sãobentense general Zenildo, - para está e para as futuras gerações de sãobentenses - é o exemplo a ser seguido. Mesmo nascendo em uma cidade, pequena, no interior de Pernambuco, - que infelizmente, é alvo de preconceitos -  com  coragem, humildade e determinação podemos quebrar as barreiras e chegar aonde a gente quer.
Poderíamos citar inúmeras histórias reais sobre este ilustre sãobentense, mas vou abrir espaço para as pessoas que o conheceram.

Lucivanio Jatoba " O general Zenildo era um dos mais destacados quadros técnicos e honestos do Exército Brasileiro. Tinha várias virtudes, reconhecidas por todos, mas a que mais chamava a atenção era a simplicidade! Grande homem! Um militar exemplar", disse

Iractan Santana "Tive a oportunidade de está com o ministro várias vezes, juntamente com o Paulo Bodinho, São Bento do Una-Pe perde um grande homem!", disse.

Lívia Valença, "O general Zenildo, era amicíssimo de Gilvan Lemos. Foram amigos de infância e, no livro autobiográfico Jutaí Menino, que obteve dois importantes prêmios nacionais , Zenildo é um dos personagens. Ele morria de gosto desse fato e tio Gilvan foi até agraciado por ele, com uma comenda do exército", disse.



"São Bento do Una, hoje perdeu o maior militar de nossa história. Há alguns anos através do meu primo irmão, Lêucio Mota, - ex prefeito de nossa cidade - tive a oportunidade de conhecer o ministro Zenildo e, desde então, ficamos amigos. Descanse em paz amigo", disse Zé Mota.
Nalize Valença "Nossa terra perde um grande filho que soube honra-la sob todos os aspectos. Deus o tenha!", disse.

"General Zenildo, siga em paz e convicto de que foi um homem de grande valor e, por isso, não deveria ter sofrido o que sofreu nos últimos meses de sua existência digna e proveitosa de cidadão honrado e cônscio de seu papel em defesa das instituições democráticas. São Bento do Una, Pernambuco e o Brasil estão de luto", Orlando de Carvalho.
Descanse em Paz, ilustríssimo conterrâneo.

2 comentários:

  1. Eu servi com o, na época Coronel, Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, no 2º RCGd, Regimento de Cavalaria de Guardas no Rio de Janeiro, nos anos de 1975 e 1976!
    E posso dizer que foi uma das duas pessoas que mais admirei nesta vida!
    A outra foi meu pai!
    Mas, a maior obra, o maior legado que o General Zenildo nos deixa, foi o de ter, quando Ministro do Exército, impedido Fernando Henrique Cardoso, de privatizar as nossas minas de nióbio!
    Imagino o quanto tenha sido incômodo pra ele, peitar o próprio presidente!
    Mas, seu sentimento de brasilidade falou mais alto!
    Obrigado Comandante...
    Mais que isto, o senhor foi um amigo!
    Um ilustríssimo, bom e justo amigo!

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  2. O General Zenildo chegou no Andrade Neves no início de 1975 pra comandá-lo!
    E foi uma empatia entre um jovem cabo de Cavalaria, responsável pela confecção de toda a documentação de instrução da 3ª Seção e o novo comandante!
    Foram meus dois últimos anos no Exército e posso dizer que, por causa desta empatia, foram os melhores que passei lá naquela Unidade Escola de Cavalaria!
    Obrigado por tudo comandante!
    Pela amizade, pelo comando seguro, cordial, compreensivo e sobretudo...
    Competentíssimo e amigo!

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